ASSOCIAÇÃO DE CICLOTURISMO DE FIGUEIRÓ (SANTIAGO)
A origem deste desporto em Figueiró remonta ao ano de 1993. Nesse mesmo ano, um grupo de amigos, dá as primeiras pedaladas com o firme propósito da divulgação desta prática desportiva vocacionada para o lazer. Com efeito, depois de alguns meses de adaptação a este desporto, sente-se a necessidade da filiação numa associação, para poder participar em provas oficiais e federadas. Foi formada uma comissão de cicloturistas, e encetaram-se contactos com a Direcção da Casa do Povo que foram muito frutíferos. Formou-se assim em Maio de 1994 a secção de Cicloturismo da Casa do Povo. O passo seguinte foi a filiação na Associação de Cicloturismo do Norte. Estavam assim criadas as condições para o desenvolvimento do Cicloturismo em Figueiró (Santiago). Após alguns anos de convivência mútua com a Casa do Povo, a secção de Cicloturismo, por motivos de incompatibilidade, decide formar a sua própria associação, desvinculando-se então da Casa do Povo. O sonho tornou-se realidade a 5 de Novembro de 1998, estava formada a Associação de Cicloturismo de Figueiró (Santiago). Desde Maio de 1994 que, oficialmente, o Cicloturismo tem sido promovido e dinamizado em Figueiró (Santiago) e em todo o Norte de Portugal, levando sempre bem longe e bem alto o nome da nossa freguesia. Em Setembro de 1995 o Cicloturismo atravessa a fronteira, participando na prova Porto – Vigo – Porto. A realização anual, desde 1995, do maior convívio cicloturista de todo o concelho de Amarante, confirma todo o empenho e dinamismo com que os seus órgãos sociais se dedicam a este projecto. Com uma participação assídua em convívios e provas clássicas realizada no âmbito da A.C.N, a associação já colecciona uma invejável galeria de prémios e troféus. Em Agosto de 2001, a Associação de Cicloturismo dá mais um passo de gigante adquirindo uma viatura para transporte dos atletas, tornando-se assim ainda mais independente. Com a mudança em Setembro de 2001, para uma sede mais espaçosa, criaram-se condições para que os sócios e simpatizantes, pudessem confraternizar em local próprio. O objectivo a que o Cicloturismo se propôs no panorama desportivo em Figueiró foi conseguido, contudo, consolidar e abrir novos horizontes para este projecto é firme propósito da sua Direcção. Somos com certeza um orgulho da freguesia, mas também nos orgulhamos muito de pertencer a esta grande terra que tudo faz para nos apoiar. Sempre fiel à nossa máxima: “Uma manhã de bicicleta, uma semana de saúde”.
RANCHO FOLCLÓRICO DA ASSOCIAÇÃO CASA DO POVO DE FIGUEIRÓ (SANTIAGO)
Apoiado nas riquezas culturais e patrimoniais da sua região, nasce em 1983, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Figueiró (Santiago), que tem procurado difundir pelo país e Estrangeiro as danças, cantares, trajes e tradições da sua terra. É por isso embaixador privilegiado do Concelho de Amarante e digno representante do folclore de Entre – Douro e Minho. Já percorreu o País de lés a lés actuando em festivais nacionais e internacionais, bem como em festas, romarias e feiras de artesanato. No estrangeiro já teve várias actuações concretamente em Espanha, França e Alemanha. Os trajes, alguns são autenticas descobertas nas arcas dos seus antepassados, outros são réplicas fiéis daqueles que eram usados na última metade do século XIX e no início do século XX. São homens e mulheres, rapazes e raparigas, que vão preservando e divulgando, alegremente, estas riquezas etnográficas, que constituem a afirmação mais significativa dos nossos valores culturais e até da nossa própria história. Desde os primórdios da nacionalidade, Figueiró era local de passagem das filhas de D. Afonso Henriques e seus acompanhantes, para Alpendurada e Lamego, dos frades Vimaranenses a cuja Ordem pertencia S. Gonçalo, os industriais que desde cedo se instalaram na região de Guimarães e daqueles que trabalhando a seda natural em Lamego vinham pela nossa terra a caminho de Braga com os paramentos para as Igrejas, sofrendo assim a influência de culturas e cantares que de inquérito em inquérito fomos compilando e consubstanciamos neste Rancho Folclórico. O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Figueiró (Santiago) é membro efectivo da Federação do Folclore Português e está inscrito no INATEL.
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE SANTIAGO / IPSS
Desde há vários anos, que um grupo de pessoas da freguesia se dedicou ao auxílio a pessoas necessitadas, quer no aspecto social, quer económico e até familiar. Atendendo ao envelhecimento progressivo da nossa população, tornou-se claro que este apoio deveria ser dirigido a um número maior de pessoas e com uma maior frequência, preferencialmente diária. Foi neste contexto que um grupo de cerca de 30 pessoas se juntou, com o intuito de concretizar estes objectivos. Após ser ponderada a hipótese de avançar para uma Associação Humanitária, efectuou-se uma pesquisa acerca da realidade a este nível nas freguesias vizinhas, chegando-se à conclusão que esta zona do concelho estava completamente desprovida deste tipo de apoio à comunidade. O grupo supracitado decide, em 02/06/04, avançar com a criação da Associação, depois de o pároco da freguesia ter sido consultado e ter concordado com a iniciativa. Em 05/07/04, em reunião geral, é feita a designação dos corpos gerentes. Contactou-se o núcleo concelhio da Segurança Social, a quem foi apresentado um esboço do projecto. Houve algum apoio e decidiu-se avançar. Em 04/03/05 são aprovados, em reunião geral, os estatutos da Associação e é feita a eleição dos actuais corpos gerentes. Assim, em 16 de Fevereiro de 2005 é feita escritura pública, em 5 de Abril de 2005 é feito o pedido para o registo da Associação na Segurança Social e para ser considerada IPSS, tendo este facto sido confirmado em 9/12/2005. Muitas pessoas voluntárias se disponibilizaram para trabalhar para esta causa além do quadro da instituição. Mas, no início inúmeros problemas e dificuldades (aquisição de carrinha, materiais de cozinha, vencimentos, etc) tiveram que ser superados. No início de Julho, as ajudantes familiares iniciaram um estágio profissional para terem contacto com alguns problemas que irão encontrar no trabalho que se avizinha. No início de Setembro de 2006 iniciou-se a prestação de apoio domiciliário aos idosos que necessitavam e o solicitem aos órgãos dirigentes da Associação.
HISTÓRIA DOS BORDADOS DE FIGUEIRÓ
No livro “Os Mestres de Guimarães – Estudo Histórico e Etnográfico do Linho”, publicado em 1941, já são mencionados os Bordados que eram feitos em Figueiró – Amarante. Esses bordados a crivo e cheio, eram levados a pé a Guimarães à Casa dos Linhos por D. Ana Pinheiro de Vasconcelos, casada com António Joaquim de Sampaio e mãe de seis filhos que no lugar de Pousada os mandava confeccionar às bordadeiras de Figueiró e outras freguesias limítrofes, já nos finais do sec. XIX. Com os filhos Justina, Carolina e Domingos Pinheiro, foi crescendo uma indústria artesanal familiar que em meados de 1939 contava aproximadamente 2000 bordadeiras, vindo de geração em geração até ao presente. Fornecia em maior quantidade a citada Casa dos Linhos, de onde mais tarde viriam bordadeiras ensinar a fazer bordado regional de Guimarães, dito canutilho. Domingos Pinheiro, foi o responsável pela criação de inúmeros desenhos adaptando-os a bonitas toalhas, colchas lençóis, naperons, camisas, babetes, lenços, etc., que eram vendidos especialmente para o Brasil e oferecidos a entidades que visitavam Guimarães. Na realidade os bordados manuais com desenhos originais de Figueiró ainda se produzem da mesma forma na Quinta da Lama, mantendo a qualidade, originalidade e autenticidade de uma verdadeira arte tradicional.
GEMINAÇÃO
GEMINAÇÃO COM LA ROCHELLE
(carta assinada em La Rochelle em 8 de Junho de 2004 e carta assinada em Figueiró em 25 de Julho de 2005)
Figueiró e La Rochelle (França) ratificaram protocolo de geminação A freguesia de Figueiró (Santiago) foi palco no passado dia 25 de Julho de 2004 da cerimónia de ratificação do protocolo de geminação com a cidade francesa de La Rochelle. O acto, que contou com a presença de figuras politicas de Amarante e de La Rochelle, foi presidido pela presidente adjunta da autarquia francesa, Me . Joell e pelo presidente da Junta de Freguesia de Figueiró (Santiago), Daniel Pinheiro. Logo após o toque dos hinos dos dois países, os responsáveis das duas localidades deram a conhecer aos presentes os pormenores que unem as duas terras neste protocolo de geminação que incide, sobretudo, nas vertentes cultural e desportiva. A representante da autarquia francesa começou por realçar o intercâmbio que já se verifica com crianças em idade escolar. Me Joell realçou a presença dos amarantinos em La Rochelle, nomeadamente as mulheres que ‘são formidáveis’ ao darem a conhecer as iguarias da cozinha portuguesa. Seguidamente usou a palavra o presidente da Junta de Freguesia de Figueiró (Santiago), Daniel Pinheiro, que, num longo discurso, traçou os objectivos deste ‘tratado’. “Somos uma comunidade pequena, mas laboriosa. Orgulhosa também, mas reconhecida àqueles que nos estimam. E La Rochelle já demonstrou uma profunda amizade por Figueiró aceitando e querendo geminar-se connosco. Desde então somos comunidades irmãs. Esta geminação, hoje ratificada, simboliza a irmandade destas duas comunidades locais na amizade e na solidariedade e o seu compromisso solene de que no futuro tudo farão para que os nossos povos melhor se conheçam, mais se estimem e solidariamente afirmem bem alto os valores da autonomia local. Neste momento de fraternidade e de amizade, o que se pretende é sobretudo realçar o seu simbolismo: o estabelecimento das liberdades e das instituições municipais e a autonomia da cidade. Sem elas, este acto não era possível”. Os laços de amizade entre os dois países foi outro dos temas abordados pelo autarca amarantino: “Liberdade e autonomia, eis os valores que sustentam, em França como em Portugal, o vigor das comunidades locais e o direito fundamental de construírem, cada qual a seu modo o seu próprio destino. “Nesta hora e neste local, assinalámos com muito gosto e muita alegria a vontade de liberdade e de autonomia da Comunidade de La Rochelle e da Comunidade de Figueiró (Santiago) que por sua única, exclusiva e livre vontade assumiram o compromisso de solidariedade e da amizade, no rasgamento conjunto dos caminhos do futuro. A razão essencial das nossas comunidades radica nos nossos povos, nos seus interesses, nos seus destinos, na sua economia, na sua cultura. A comunidade de Figueiró e a Comunidade de La Rochelle são hoje irmãs, porque num tempo que já poderemos considerar histórico, o povo de Figueiró demandou terras de França, em busca de pão que a terra natal lhe negava. Foram tempos duros, de muita luta, de muita amargura, de muita força, de muita tristeza, de muitas perdas e de muita saudade. Mas rejubilemos! Se não tivesse sido tanta dor, não estaríamos hoje aqui e seríamos todos culturalmente mais pobres. O fenómeno da emigração deu-nos esta identidade plural, multifacetada, aberta ao mundo, que hoje faz parte já da nossa matriz cultural. Como já se disse, há alguns meses em La Rochelle, estamos profundamente agradecidos à vossa comunidade pela forma como recebeu, acolheu e integrou os nossos compatriotas, nomeadamente os nossos conterrâneos de Figueiró (Santiago) ”.